segunda-feira, 21 de novembro de 2011

NOS LIMITES DO CÉU E DA TERRA

Vi o céu na Terra,
Céu que sonhei, ambicionei,
Que toquei e abri mão,
Que desisti sem querer,
Porque sem querer descobri
Que nenhum céu na Terra
Se mantém sem o céu do Céu.
Eu que vi o céu na Terra,
Que ri e chorei para tê-lo,
Que fiz o certo e errado,
Percebi que para desejá-lo
Era preciso merecer.
Vi o céu na Terra,
Cheguei a ouvir seus sons
Como se estrelas me falassem
E embriagada por suas luzes,
Ofuscada por seu cintilar, desisti...
Como quem desiste de um sonho,
Como quem luta por um sonho,
Porque sonhos precisam de chão
Para suavemente se manifestar.
O meu céu, na Terra,
Talvez na Terra nunca terei,
Mas no Céu, para sempre,
Será meu - a ele me entregarei.

(21/nov/2011)

Tantas vezes entendemos que nossa felicidade está localizada na Terra, seja em qualquer área da realidade humana - material, emocional. Por vezes desconhecemos ou simples e convenientemente esquecemos que aquilo que é bom aqui melhor ainda será na realidade do espírito, uma vez que o espírito também ama e deseja o que o ser terreno ama e deseja, só que de um jeito moralmente nobre, que permanece para sempre, como parceiro da paz de espírito e felicidade.


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